terça-feira, 27 de outubro de 2015

Retinose e espiritualidade

Diante de uma doença sem cura, algumas pessoas acabam procurando terapias alternativas associadas à espiritualidade e hoje o post é sobre isso.
Segue entrevista com uma mulher que foi para Abadiânia, passar por cirurgias espirituais com o (famoso!) João de Deus. Conheço algumas pessoas que foram e dizem estar melhor da retinose.
Eu fui algumas vezes para lá e fiz as chamadas intervenções. O lugar é lindo e a energia de lá é realmente impressionante, é uma paz sem fim. Segui as orientações e fiz tudo certinho, mas por falta de paciência, pelos meus anseios por resultados rápidos, pelo meu ceticismo ou pelo simples fato de que talvez minhas melhoras não eram para ter sido encontradas lá, nada mudou na minha visão e decidi não voltar mais. Já fiz diversas cirurgias espirituais e já fui nos mais diversos centros religiosos: para mim não deu.
Não me considero religiosa. Aprecio o estudo espírita, me inspiro nas idéias budistas e busco a fé dos católicos. Sou cética, engenheira, 1 ou 0, certo ou errado, sim ou não. Não existe meio certo, não existe funciona mais ou menos ou demora para funcionar - para mim, ou funciona ou não funciona, simples assim. Ou meu corpo responde a isso ou não. Quando não responde, na minha cabeça surge um alarme de "é hora de partir para outra alternativa, Talita!", porque convenhamos, não dá para ficar perdendo tempo nessa vida com essa doença.
Religiões à parte, acredito acima de tudo que cada um pode fazer o seu próprio destino e que ninguém carrega um fardo maior do que consegue suportar. E por isso, independente do tamanho da sua fé ou da sua religião, você é forte o suficiente para lidar com qualquer situação que esteja passando nesse momento e evoluir com ela. 
Nisso sim, eu acredito. :)

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Como melhorar a visão com o Método Feldenkrais

Achei esse vídeo super interessante! 
É em espanhol, mas dá para entender os movimentos que devem ser feitos para relaxar os olhos e melhorar a visão. Confesso que fiquei meio sem entender como o pescoço gira mais para o lado trabalhado sendo que só foquei em trabalhar o olho. hahaha Vejam o que vocês acham e me contem.
Resumindo:
- Foque sua atenção no olho esquerdo e mova-o nas direções citadas, procurando fazer um movimento lento e contínuo (obviamente, o olho direito também irá se mover, mas procure simplesmente ignorá-lo e manter sua atenção no esquerdo).
- Dê uma pausa e feche os olhos. Respire. Compare o lado esquerdo com o lado direito do rosto e avalie a diferença. Como estão suas pálpebras? Sente seu olho esquerdo maior, mais relaxado? Gire o pescoço para o lado esquerdo e direito, nota diferença? Para qual lado é mais fácil girar?
- Repita os movimentos focando a atenção no olho direito e faça a avaliação novamente.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Essa tal adaptação do corpo

É estranha essa coisa de ter algo que não parece nada, fisicamente falando, mesmo que na prática seja bastante coisa e me faça falta. O fato é que eu acho mágica essa tal adaptação do corpo.
Em um ambiente claro, que eu ainda não conheço, eu ando mais devagar, coloco as mãos nas pontas dos móveis por onde vou passando com a intenção de memorizar “ok, isso está aqui, não vai bater nele, pelamordedeus”, desvio de coisas baixas com o mesmo pensamento e meus olhos se movem mais rápido, em várias direções, para escanear o ambiente com minha visão central. Digamos que em 6 anos eu aprendi a fazê-los de uma maneira lindamente sutil, quase imperceptível. Então você só vai perceber tudo isso se prestar MUITA atenção, muita mesmo.
Inata ou não na arte de me locomover com RP em ambientes novos, mesmo com tanta sutileza e cuidado nos detalhes à la “Missão Impossível”, semana passada meu campo visual escondeu uma amiga sentada no sofá e eu só percebi depois de uns 10 minutos que cheguei - eu tinha cumprimentado todo mundo, menos ela. Acontece!
As pessoas só desconfiam de verdade que existe algo de estranho comigo se estivermos em um ambiente escuro, quando eu ajo diferente. Mesmo tentando trazer a minha suposta habilidade diurna para a noturna, eu tenho que me escorar em paredes e ir sentindo o chão com os pés para me locomover. As pessoas notam em mim um certo pânico interno, eu sei. Elas sabem que está acontecendo algo, mas não sabem dizer ao certo o que. É fácil confundir os movimentos com uma dor na perna ou dor de barriga, devo admitir.
Bengala verde! Se eu precisasse me locomover muito sozinha durante a noite, eu já teria a Sofia - é assim que eu a chamaria e seríamos grandes amigas. Minha bengala hoje é o braço do maridão, que vai apertando minha mão quando tem algo na rua, como se fosse me informando: “degrau”, “buraco”, “cocô”. Confesso que não consigo ver muito bem o que está no chão, mesmo de dia.
Eu fico roxa e me machuco porque me descuido, coisa de gente ansiosa. O bom é que meu tornozelo aprendeu a ser mais forte. Ele, o quadril, o joelho, o antebraço, a cabeça, até a bochecha que bati outro dia no box entrando no banho. Sabe aquele ossinho da maçã do rosto, bem embaixo do olho? Pois é, ganhou um roxo também, lindão! Na hora ri, fazer o quê? “..Carambaaaa Taaaaalita, você não toma jeito mesmo, hein? Vai devagar!”.
...E sabe o que eu acho mais fantástico? As pessoas falarem “mas nem parece que você tem um problema tão sério”, quando me vêem vivendo, sorrindo e feliz. Essa é minha vitória do dia a dia.
A visão com o troféu de "fatal cegueira com o tempo", seguido do rótulo vermelho com prazo de validade “indeterminado, mas um dia chega” não me assusta, não me perturba, não me assombra em nenhum nível.
Não precisa ser tão difícil assim, se você não quiser que seja. :)